Decisão sobre “mudança de gênero”: pai perde a batalha sobre a “lavagem cerebral” da filha
Uma adolescente ganhou o direito de mudança de gênero de mulher para homem sob objeções de seu pai que reivindicou que sua filha sofreu lavagem cerebral dos médicos.
O tribunal da família julgou que o adolescente de 15 anos, conhecido como Ryan, era “suficientemente competente” para tomar a decisão apesar do protesto do pai sobre seu filho ser muito jovem e ter sido “doutrinado” pelos médicos “para impulsionar sua causa”.
O veredito relata que a mãe de Ryan, separada de seu pai, solicitou ao tribunal em Agosto para que fosse permitido ao adolescente submeter-se ao tratamento hormonal, que envolve a aplicação de testosterona para estimular características masculinas como pelo facial, voz mais grave e aumento na força muscular. Numa audiência, o pai mostrou evidência referindo-se à Ryan como sua filha e afirmando que ela “começou a expressar pensamento em ser transgênero” no final de outubro de 2016 via mensagem de texto.
“Antes disso, eu desconhecia completamente tudo à respeito do assunto. A princípio, eu entrei no jogo, pensando que isso pode ter sido uma fantasia, fase infantil que ela estava passando, mas quanto mais conversava com ela ao telefone, mais eu percebia que não era. Por fim, disse a ela que precisávamos conversar pessoalmente.”, ele disse.
No veredito lê-se que quando o pai falou com Ryan, o adolescente recusou a responder suas perguntas sobre “o porquê ela queria mudar seu nome e quem a tinha influenciado a tomar esta decisão.”.
A discussão levou a dupla a ficarem distantes.
O pai argumentou que Ryan era muito jovem para decidir ter “uma decisão tão impactante e transformadora” e não lhe foi dado nenhuma ajuda psicológica.
Ryan foi atendido por dois médicos: Doutor P, quem diagnosticou sua disforia, e Doutor T, quem determinou se o adolescente seria capaz de entender os efeitos irreversíveis do tratamento hormonal. O pai observou que os dois médicos eram membros de associações que “encorajam a diversidade de gênero e a aceitação.”.
“Portanto eu acredito que ao invés de tratarem os problemas psicológicos de minha família, ela tem sido submetida à uma lavagem cerebral por estas pessoas que determinam que ser transgênero resolverá todos os problemas dela”, o pai afirma.
O juiz Stewart Austin escreveu em seu veredito que ele entendeu “a inquietação do pai com uma mudança tão crucial como a transição de gênero de seu filho.” Porém, o tribunal teve que decidir se a criança poderia decidir por si mesma.
“A evidência do Dr. T, em minha opinião, estabelece que a criança possui esta competência.” – o juiz disse. Jovens não precisam da permissão do tribunal da família para bloqueadores de puberdade que impede seu desenvolvimento no gênero que eles não querem ser. Entretanto, eles neste momento precisam de uma decisão judicial para tratamento irreversível hormonal.
O juiz Austin apontou que decisões sobre tratamento hormonal deveriam ser feitas com “provas sólidas” as quais “estão além dos limites da responsabilidade parental com a criança.”.
Link para o original: http://www.dailytelegraph.com.au/news/nsw/genderswitch-decision-father-loses-battle-over-daughters-brainwashing/news-story/49fb9043182f05df024c2681f3061378