“Crianças trans” permanecem “trans” quando crescem?


A posição pessoal do nosso site é crítica à ideia de transgeneridade; assim, expressões como “crianças trans” e “adultos transgêneros” não refletem nosso entendimento”.

Por Dr. James Cantor, publicado em 11 de janeiro de 2016, em: http://www.sexologytoday.org/2016/01/do-trans-kids-stay-trans-when-they-grow_99.html


Após o encerramento da Clínica de Identidade de Gênero para crianças no Centro para Vícios e Saúde Mental (no original, Centre for Addiction and Mental Health – CAMH), recebi solicitações referente ao que a ciência diz. As crianças crescem sem querer mudar seu sexo ou isso continua quando são adultos?

No total, houveram três estudos de acompanhamento em grande escala e um punhado de pequenos estudos. Eu listei todos eles abaixo, juntamente com seus resultados. (Na tabela, “cis-” significa não-transsexual). Apesar das diferenças no país, cultura, década e comprimento e método de acompanhamento, todos os estudos chegaram a uma conclusão notavelmente similar: apenas muito poucos transgêneros ainda querem transicionar no momento em que se tornam adultos. Em vez disso, eles geralmente se tornam pessoas gays ou lésbicas regulares. O número exato varia de acordo com o estudo, mas cerca de 60 a 90% das crianças trans acabam não sendo mais trans quando chegam na idade adulta.

ContagemGrupo *Estudo
2/164/1610/16GayTrans-/crossdressHétero/incertoLebovitz, P. S. (1972). Feminine behavior in boys: Aspects of its outcome. American Journal of Psychiatry, 128, 1283–1289.
2/162/1612/16Trans-IncertoGayZuger, B. (1978). Effeminate behavior present in boys from childhood: Ten additional years of follow-upComprehensive Psychiatry, 19, 363–369.
0/99/9Trans-GayMoney, J., & Russo, A. J. (1979). Homosexual outcome of discordant gender identity/role: Longitudinal follow-up. Journal of Pediatric Psychology, 4, 29–41.
2/4510/4533/45Trans-/crossdressIncertoGayZuger, B. (1984). Early effeminate behavior in boys: Outcome and significance for homosexuality. Journal of Nervous and Mental Disease, 172, 90–97.
1/102/103/104/10Trans-GayIncertoHeteroDavenport, C. W. (1986). A follow-up study of 10 feminine boys.  Archives of Sexual Behavior, 15,511–517.
1/4443/44Trans-Cis-Green, R. (1987). The “sissy boy syndrome” and the development of homosexuality. New Haven, CT: Yale University Press.
0/88/8Trans-Cis-Kosky, R. J. (1987). Gender-disordered children: Does inpatient treatment help? Medical Journal of Australia, 146, 565–569.
21/5433/54Trans-Cis-Wallien, M. S. C., & Cohen-Kettenis, P. T. (2008). Psychosexual outcome of gender-dysphoric childrenJournal of the American Academy of Child and Adolescent Psychiatry, 47, 1413–1423. 
3/256/2516/25Trans-Lésbica/bi-HéteroDrummond, K. D., Bradley, S. J., Badali-Peterson, M., & Zucker, K. J. (2008). A follow-up study of girls with gender identity disorderDevelopmental Psychology, 44, 34–45.
17/139122/139Trans-Cis-Singh, D. (2012). A follow-up study of boys with gender identity disorder. Unpublished doctoral dissertation, University of Toronto.
47/12780/127Trans-Cis-Steensma, T. D., McGuire, J. K., Kreukels, B. P. C., Beekman, A. J., & Cohen-Kettenis, P. T. (2013). Factors associated with desistence and persistence of childhood gender dysphoria: A quantitative follow-up studyJournal of the American Academy of Child and Adolescent Psychiatry, 52, 582–590.
* Por razões de ser brevidade, a lista usa “gay” para “gay e cis-“, “hétero” para “hétero e cis-“, etc.